Eu sou Warpy. Um engenheiro de merda. Tenho idade mental
de seis anos. Por isso estou sempre choramingando pelos cantos meus fracassos e
nunca faço nada para muda-los. Nem sei ha quanto tempo sou a mesma pessoa. Tudo que escrevo parece repetido. Eu viajo no tempo criando cópias danosas do
que já é estragado. Eu queria ser critico.
Ter uma vida critica. Mas eu sou dominado por qualquer um. Nunca discuto
a politica ou economia nacional ou global. Eu tenho um segredo sujo. As pessoas
que falam comigo fazem por dó. Como disse lá em cima eu tenho idade mental de
seis anos nunca tive amigos, mas conto histórias para caralho. Todos sumiram
porque eu não cresci. Além de tudo sou baixinho. Mas não cresci em nenhum
sentido. Sou incapaz de tentar algo genuíno e fazer o que gosto. Só faço merda.
Só faço o que as pessoas que me dão migalhas de atenção por dó mandam
domingo, 6 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Meu reino
Sábado a noite. Não sei que
horas são. Tudo gira. O mundo gira. Mas como assim o mundo gira, eu não deixei.
Eu tenho que deixar. Deixar pra lá. Deixar de beber. E quem vai mandar? Só
mando quando bebo. Só mando quando abro esse velho laptop. Semana inteira com
cara nos códigos. Fim de noite hora das Corujas. Corujas que me alimentam em
segredo. Vasculho a web, vasculho tudo. Não acho nada. Perdi-me. Mais uma
pinga. Ninguém tira aqui meu reinado. Titereiro..(risos). Sou um fracassado, mas
titereiro. Incrível como ser asqueroso te faz popular. Reza a lenda que eles me
amam. São vinte e duas horas de um sábado, bebi todas. Escrevo besteiras. Mas porque são besteiras? Só interessam
a mim. Irrita povo que puxa assunto que eu não entendo e eu entendo de vomitar,
vomito meu histrionismo podre na esperança que UMA alma me dê atenção. Eles me
amam, mas estou só, estou bêbado, mas continuo um ótimo titereiro. Mas só em
casa. Escondido atrás dessa luz da tela
de um laptop. Eu caio e aqui mesmo durmo. Sonho. Sonho. Sonho de rei. Reino
lavado, lavado no vômito, lavado na pinga, lavado na falta de vergonha
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Pose. Pose é tudo, mas não
sei fazer. Finjo. Aprisionada nesse
corpo assustador. Tenho bigodes. Mas sou
mulher. Mas eles dizem bem quem sou de verdade. Invento histórias. Penso que
engano, mas todo mundo sabe. Um jaquetão largado, uma bota de tracking, camisetão,
cabelo curto. E com essa imagem ando dias a desejar os garotos. Garotos que têm
repulsa de mim. Finjo que não percebo, finjo que os quero. Finjo que sou triste
porque eles não me querem. Ai! Que confusão. Isso é bom. Falo de respeito com a
boca cheia, quando deixo obrigações minhas na mão de irresponsáveis. Mas eles
são bons bajuladores, isso que importa,
pose de sábia, pode de justo. Personagens. Eu sou mais um e deixo os que eu
mais gosto no comando porque nem pra isso eu sirvo no tempo que gasto
escondendo o que vocês já sacaram. Do bagulho que sou escolho estrupícios-arautos
para fazer trabalho sujo e sou suja porque escondo e critico quem sempre
mostrou a cara enquanto a minha é difícil de olhar. Como levar isso mais tempo?
Fugindo, me escondendo. Sendo perversa. Sendo omissa
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
O homem Mercedes
Você está aí parado, reclamando que não tem ninguém que
não arruma uma garota bacana. Olhe para você, já começou escolhendo a profissão errada. Fez história. Mulher não se conquista
com histórias ou História. Faça outra
graduação, ok? Tem que ser algo que lhe ensine a programar. Sou programador e
faço algoritmos muito bem, se não que programador eu seria?
A vida é igual. Ela tem um grande algoritmo que eu
domino, se você dominar vai viver feliz. Putz aquela porra de pneu careca que não tenho grana pra trocar? Opa! Desculpa,
mas se você quer conquistar uma mulher tem que parar de mimimi de falar que são
todas iguais e ir a luta, se você levar
bota, chifre, não se abata, estude. Se
vista bem. Você tem que ser um profissional de sucesso. Não para de estudar.
Doutorado é o limite. Seja erudito, saiba de vídeo games a Deleuze ,passando
por Nietzsche. Recite Neruda. Seja
critico. Faça academia e lute MMA. E esse cabelo?Vá a um cabeleireiro decente,
se cobrar menos de cem reais não vale a
pena. Você tem que ser interessante, você tem que valer a pena, feia, bonita,
riponga, alternativa, seja sempre um lorde, seja sempre um Mercedes Classe S
para elas, mesmo se ela for um Gurgel 0.8. Ufa! Cansei. Está tarde e vou dormir.
Ainda bem que tenho um gato para dormir abraçado. Boa noite bichano!
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Colosso
Eu olho de cima para baixo. Toda essa gente que não acompanha
meus raciocínios superiores. Eu tenho dentro de mim um garoto frágil. Tenho
não, sou frágil. Mas não encontro gente à altura, me desligo do mundo real. Na
real é o que eu penso. Estudei a lógica como o garoto que devora o chocolate
que ele viu na TV e vai deixa-lo mais forte. Sou provocador. Um escudo. Quebro no
braço e nas palavras, mas me mantenho assustado confesso falsamente que sou
pacífico. Queria guerrear, mas sou um menino assustado atrás de revanche.
Destruo os mais fracos quando posso. Isso me dá ar. Me dá vida, vida de
humilhar. E me maquio, finjo ser forte. Agir com lógica, mesmo que inventada a
minha própria é a solução. E me mantenho em movimento.O colosso de nada, de
ninguém, sem ninguém.
Devoradora
Cigarro bom.Desce queimando.
Trago mais forte e ele queima mais, queima tudo. Eu queria me incendiar como
uma tocha para não ver essa imagem entorpecida de antidepressivos no espelho.
Estou zonza, fumei demais? Não, não pode ser, porque se for não sei nem de quem
é. Faço pose com o salto quebrado. Eles riem, mas eu sou bonita. Sei que sou. Você
mente pra quem? Já viu aquela coisa no espelho. A agonia é muita, tanta que
arranco meus próprios cabelos, eu os devoro na vontade de devorar minha banha. Televisão
corpos, corpos que eu queria ter, eles deveriam ser meus. Sou boa pessoa. Eu
sei que sou boa, querer tudo para si não te faz mau. Os homens eu me insinuo
para todos, mas tudo que eles vêm são fotos produzidas. Se vissem a verdade...
Não me quereriam. Sou falsa, sou mentirosa, sou gulosa, sou fraudadora. Sou
aquilo que eles comem e vomitam, mas eu não demonstro, será que demonstro? Ele todos
sabem? No meu canto me devoro na esperança de sumir ou brilhar, como meus
cabelos brilham.
Herói sem capa
Pego meu casaco e saio para
mais um dia de trampo. Sou pobre. Bem pobre, mas quando pego meus trecos e me “armo” para trampar me sinto quase
onipotente. Tem carinha ai que tem tudo na mão. Eu não. Eu ralo e só sobra pra
cerveja e pro cigarro. Mas ninguém sabe. Eu
poderia ser um construtor,
construtor de sonhos. Os meus sonhos claro, já que eu tenho uma imagem tão
construída. Não sei como ninguém nota, ponho uma puta panca de popular e fico
na net a vira-latar. Mesmo tendo alguém comigo tem algo que eu não quero
perder. Meus desejos. Meu desejo da riqueza, que eu maquio a pobreza até elas
ficarem juntas, juntas até a próxima chuva.Uma chuva de dentro para fora, de baixo para cima. Ah as vantagens que eu conto, os personagens que eu interpreto acho que essa é a verdadeira malandragem. Jogo de
cintura. Por outros no bolso. Fazer do coitado no avatar de Superman,kdo tipo,
apanho, mas não choro. Choro encolhido ao ver o terror de homem que sou, terror
do . fracasso.. Junto migalhas de outras
pessoas, estufo o peito e dou lições de moral. Tenho uma espada afiada para
punir os maus, os vagabundos, mas poupo meus amigos da cerveja. Um roubou aqui,
outro ali, abusou de uma menina. Ai de quem
discorda de mim, vai provar meu aço.
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