Pego meu casaco e saio para
mais um dia de trampo. Sou pobre. Bem pobre, mas quando pego meus trecos e me “armo” para trampar me sinto quase
onipotente. Tem carinha ai que tem tudo na mão. Eu não. Eu ralo e só sobra pra
cerveja e pro cigarro. Mas ninguém sabe. Eu
poderia ser um construtor,
construtor de sonhos. Os meus sonhos claro, já que eu tenho uma imagem tão
construída. Não sei como ninguém nota, ponho uma puta panca de popular e fico
na net a vira-latar. Mesmo tendo alguém comigo tem algo que eu não quero
perder. Meus desejos. Meu desejo da riqueza, que eu maquio a pobreza até elas
ficarem juntas, juntas até a próxima chuva.Uma chuva de dentro para fora, de baixo para cima. Ah as vantagens que eu conto, os personagens que eu interpreto acho que essa é a verdadeira malandragem. Jogo de
cintura. Por outros no bolso. Fazer do coitado no avatar de Superman,kdo tipo,
apanho, mas não choro. Choro encolhido ao ver o terror de homem que sou, terror
do . fracasso.. Junto migalhas de outras
pessoas, estufo o peito e dou lições de moral. Tenho uma espada afiada para
punir os maus, os vagabundos, mas poupo meus amigos da cerveja. Um roubou aqui,
outro ali, abusou de uma menina. Ai de quem
discorda de mim, vai provar meu aço.
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